sábado, 30 de junho de 2018

Muito riso, pouco siso !!




Vivemos uma bolha de tudo, de alucinação, imobiliário, de endividamento e de faz de conta. E o exemplo vem de cima! Será exagero? Não, hoje em dia lê-se cada coisa, vê-se cada fogueira de vaidades que é aterrador. Em minha opinião o próprio chefe de Estado vive um certo exagero. Ainda ontem na homenagem ao Zé Pedro dos Xutos e Pontapés, parecia como se estivesse a assistir um filme de ficção, mas dos rascas. Lá estavam no palco e todos a cantar e abanarem-se, a primeira, a segunda e a terceira figuras de Estado, não do reino de Alice, mas desta jangada de pedra que está coberta de flores para poucos e de pedras para a grande maioria. Tudo isto, num país onde as clivagens são assustadoras. Cada dia desaparece mais a classe media, não existe hoje e nem amanhã para milhares de jovens que não têm futuro porque não há empregos e os que há são ultra precários. Há patrões que pagam ao dia e sem fazerem os obrigatórios descontos e sem pagarem os impostos correspondentes. Estão a tirar o direito a esses milhares de jovens de terem uma vida condigna. E estes que nos (des)governam vivem e mostram apenas as mentiras que criam. Uma ilusória realidade que eles criam como que por magia na bolha em que vivem !! A dívida pública está maior do que quando se pediu o resgate ao FMI mas em centenas de milhões de euros. Que país é este que estamos a criar, em que se homenageiam homens que que destruíram as suas próprias vidas com drogas? Que ideia de valores e de moral estamos a dar às nossas crianças? Que ideia damos de uma sociedade onde apenas dois por cento da população consegue fazer face às despesas e vão a todas e ainda têm o desplante de nos esfregar na cara as suas badalações e aquisições e viagens e sei lá mais o quê, como se uma pessoa normal e com um ordenado, pudesse viver a vida que mostra???
Uns endividam-se para fingir que têm uma vida semelhante, mas esquecem que não têm um papá ou uma mamã com super reformas e ou super empregos sempre do Estado, pois claro, já que são os únicos para além dos banqueiros e semelhantes, que o podem fazer....como sempre digo, os mesmos do costume!!
Esquecem que a maioria se sente indignada por tanta fogueira de vaidades e que há quase duzentos mil jovens que não podem e não têm trabalho e nem sequer podem estudar. O facebook não é como diz Joaquim Jorge, biólogo, fundador do Clube dos Pensadores, (https://www.jornalenoticia.com/ ) " um antro de cobardes e atrasados mentais", é muito pior, é um covil de gente que pouco ou nada faz e se vangloria de ter e sabe-se lá como têm, num país que está a viver uma verdadeira alucinação.
Gente que vive de comparação e de tão vazia ser precisa mostar-se e expor-se a si e suas famílias para seu gáudio próprio, para encher o seu ego faminto de protagonismo mas que vivem nas maiores solidões e nem se dão conta. É o relógio, o carro, a casa, as festas, as férias, as viagens, os tudo que fazem e mostram, para se vangloriarem de serem uma cambada de gente que vive tantas vezes com o que não lhes pertence e vem de onde???
Afinal eu não estou sozinha neste apuramento do que se passa, porque só não se dá conta deste facto, quem não tem dois dedos de testa para pensar e em vez de massa cinzenta pensante e que promove raciocínio, têm caca de galinha, mal cheirosa e fedorenta!!
Felizmente que não pertenço à cambada de ovelhas que por aí se pavoneiam para seu e único ilusório prazer, nem ao rebanho das outras que imitam as primeiras, endividando-se com inúmeros cartões de crédito e depois acabam todos na mesma, falências, sem casa, sem nada e pedindo ajuda às organizações que lá juntam as suas dívidas todas e passam o resto das suas vidas a pagar aquilo tudo que mais não foi do que mais uma ilusão de tontice e falta de cabeça.
Para mim, as redes sociais são para encontrar amigos que se perderam de vista, antigos colegas de trabalho e ou estudo, gozo, brincadeira, encontrar pessoas que pensam semelhante, criticar o que está mal, partilhar ideias e pensamentos e acima de tudo, ler as notícias e ver o estado das coisas. E tem de ser usado com moderação, diria mais, com muita moderação.
Como diziam meus avós e meus pais, muito riso pouco siso !!

A foto que acompanha o texto é da Nova Gente