sábado, 5 de novembro de 2011

Uma catarse

Depois de tanto sol, de tanto calor, eis que chegou o friozinho, e a chuva. Mas não uma chuva qualquer, é semelhante a uma catarse dos céus, parece um dilúvio. Por vezes ao cair, essa chuva, ora persistente ora torrencial, dá a sensação que os céus se abriram e de lá jorram rios de água, que durante muito tempo ficou em suspenso,  em milhões de nuvens carregadinhas de vapor de água.

Por aqui, neste finisterra da Euroásia, já andavam a dizer que estávamos a entrar em seca só porque estivemos uns dois meses sem chuva, e daqui a meia dúzia de dias, vão ter de abrir as comportas das barragens para deixar esvair uns milhões de litros de água que vão assim inundar os campos e as vilas dos baixios.
Se me perguntam o que prefiro, o sol, o bom tempo, os dias em que a luz é tão forte que trespassa os ramos das árvores e nos deixa deslumbrados. Mas em tempo dela, é a chuva, mil vezes a chuva ao vento. Desse é que não gosto mesmo nada.
Parece que todo o mundo reclama algo do tempo, ora é a neve inesperada, como no Colorado, ou as chuvas que nos deixam com ruas inundadas, casas velhas que deixam passar água pelos telhados, ventos fortes que arrancam árvores centenárias, com troncos e raízes que não era suposto saírem assim da terra, tudo está às avessas...será que sou apenas eu a notar ou será que tudo está a mudar demasiado depressa?
É o futuro que nos espera, os problemas e sequelas do brutal aquecimento global...e isto é apenas o início.

Sem comentários:

Enviar um comentário