domingo, 30 de julho de 2017

Os que nos desgovernam




Sou velha demais para ter medo, se não o tive em tempos idos , jamais será o tempo de o ter.
Portugal é uma país lindo demais mas onde o colonialismo está vivo e latente dentro de um Estado e país que vive de estatutos...doutores e engenheiros, professores etc, onde as pessoas deixaram há séculos de ser tratadas pelos seus nomes de família e usam os estudos que têm, tantas vezes sabe-se lá como os conseguiram ( não é apenas na era de Relvas e Sócrates que se compravam cursos, é prática corrente e muitas obras o mostram), mas mesmo assim, os pobres coitados, adoram ser chamados pelos seus títulos académicos mesmos que e, sem me repetir, o título tivesse sido por passagens administrativas ou porque o paizinho ou avô o comprou... tais. uma sociedade podre.

Professores que ensinam o que lhes convém, gente medíocre a todos os níveis que só porque ou é algo que é reconhecido pelo rebanho de gente onde está inserido ou. ainda porque arranjou um tacho num programa de televisão, esses todos, se julgam superiores. Mas não são.
Esses são a escória do novo século.
Século que se quer numa verdadeira e fraterna amizade global, de verdadeira igualdade, onde todos sejamos iguais qualquer que seja o credo, qualquer que seja o género , qualquer que seja o estatuto social que, a cumprir-se os estatutos da constituição de Abril, todos seriam iguais perante a lei, todos seriam iguais em todas as diferentes características da sua vida.

Mas tal como não é verdade em África, não o é por terras lusas, onde muitos dos que mandam na nação nem sequer foram nascidos no território ou são descendentes de outros que não nasceram cá e, muitos são tudo menos cidadãos comuns.
Para isso basta ter dois olhos para ver e ler e dois dedos de testa para entender.
Infelizmente, o povo é sereno e de brandos costumes, foi para Salazar e vai continuar a ser. E quem mais manda é quem menos merece mandar.
A minha própria passagem pela universidade numa segunda vez e, aos cinquenta anos, me mostrou que o sistema está montado para alguns. É podre e corrupto. Antigamente só estudava quem tinha poder económico, hoje pouco mudou....e os de então, são quase os mesmos que ensinam há décadas e com as mesmas "palas".

Perguntaram-me há tempos porque não votei no ex reitor, a que eu respondi que ele foi o culpado de se ter vergado e aceite o processo de Bolonha. Mas não só, isso apenas uma entre as muitas coisas em que lhe não reconheço mérito. Porque não o tem!
Não apenas a ele, mas a institutos que têm fundações por trás e onde a sacanagem é o mote de vida e as pretensas elites, ou são fruto do colonialismo ou das novas versões de género.
São esses que ensinam a nós e aos nossos filhos e netos, porque na realidade, a trampa não mudou,. o que mudaram foram mesmo as moscas, estas vieram de países longínquos onde Portugal colonizou, mas a trampa, são esses que fazem agora, por cá.

3 comentários:

  1. Concordo em número e grau com quase tudo o que diz.

    Digo quase , porque a excepção está - no meu ponto de vista - nesses de quem fala como sendo estrangeiros, descendestes ou não de aportugueses, são portugueses por direito, nasceram debaixo da mesma bandeira que a senhora e eu.

    Não me parece que o sítio onde se tenha nascido seja o crime. Esse, fica mesmo por conta dum povo de brandos costumes, que se habituou a baixar a cabeça, e a chamar de Doutor, a qualquer bicho careta com uma licenciatura, ou baxarelato, (que fique claro que: não desmereço quem se licenciou por convicção, por opção, por vocação) como se esse facto os remetesse à condição inferior de vassalagem.

    Já alguém, há muito tempo disse: "Somos uns bananas governados por sacanas"

    E os sacanas, há-os através dos tempos mas, em muito menor número que os governados.

    Assim, a trampa é a mesma, porque :

    - Nós, os votantes, deixámo-nos adormecer com promessas.
    - Nós, os votantes, queremos saber de direitos, mas não de deveres.
    - Nós, os votantes, pomos o dedo acusador em riste, esquecendo que sobram 3 virados para nós.

    E, por isso, eles já viram que podem saltar em cima, roubar, mentir, ludibriar, que nós, ladraremos mas, não morderemos.

    Quando, este povo, o meu povo, souber o seu lugar e o seu poder, as coisas mudarão
    mas....

    Pois, isso dá um trabalhão

    Esta é a minha opinião e terá o valor que tiver, perdoe-me desde já, de a ter manifestado aqui, no seu cantinho, onde postou, com todo o direito que lhe assiste, a sua.


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    Respostas
    1. Boa noite!
      Não escrevi que os que nasceram no antigo "império" não tenham direito de cidadania. Apenas referi o facto de boa parte da chamada "nata" dos que nos governam e não só, noutras áreas também, serem oriundos de outras paragens que não o continente. Isto foi com outra intenção, que lamento não tenha entendido, mas vai perdoar-me eu não explicar.
      Não ofendi ninguém, espero!!
      Sou um pouco irónica e sarcástica...o que escrevi nada tem a ver com falta de direitos de cidadania, de facto o "jus soli" prevalece já que o chamado "império" eram territórios lusos sob o jugo colonial.
      Pena se não entendeu o que eu quis dizer, tem outra conotação.
      Grata por ambos, comentário e visita.

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    2. Bom dia

      Mas que são malandros, lá isso são, eu diria que são ladrões e mentirosos compulsivos. Não irei presa pois não? Agora pode-se falar, deixou foi de haver quem nos ouça :-)

      Abraço apertadinho

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