segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Origem da Tragédia

Eurípedes transportara o espectador para o palco para lhe facilitar a compreensão do drama (...). Ora o «público não passa de uma palavra e não deve ser considerado de modo algum como um valor sempre homogéneo e constante. Porque haveria um artista de se julgar obrigado a submeter-se a um poder cuja força reside apenas no número? E, se pelo seu génio e pelas suas aspirações, se sente superior a cada um dos espectadores em particular, como lhe será possível ter mais respeito pela expressão comum de todas as capacidades que lhe são inferiores do que pelo espectador individual melhor dotado? Na verdade, nenhum artista grego tratou o público, com tanta arrogância e insolência, como fez o próprio Eurípedes, durante a sua longa vida (...).

Sem comentários:

Enviar um comentário